Sobrecarga materna e saúde mental
- Psicóloga Karina Gama
- 20 de nov. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 20 de dez. de 2023
Vamos pensar sobre o lugar das mulheres na nossa sociedade?
[...] ainda que uma mulher não tenha seus próprios filhos, ela é vista como naturalmente cuidadora (capaz de "maternar"), podendo e devendo empregar esse "dom" no cuidado de outras pessoas: dos pais, irmãos, sobrinhos, doentes da família, etc. Além disso, esse "cuidado" se desdobra em uma naturalização dos cuidados domésticos, cabendo a elas, também, em grande parte, até hoje, os serviços de casa. (ZANELLO, 2016, p.114).
A quem interessa a não remuneração do trabalho materno? Segundo o IBGE (2018), as mulheres com trabalhos remunerados chegam a trabalhar 11,8 horas a mais do que homens.
Por qual motivo o maternar é um dever para os corpos ditos femininos? Quantas mulheres exaustas cercam o seu dia? Já pensou, no fato de que, o cuidado não é pré-existente a nenhum gênero e, sim uma escolha que deve estar atrelada as possibilidades e limites de cada sujeito? Como você têm vivenciado os cuidados?
Como pensar em equidade de gênero se continuamos a ver a mulher apenas para o cuidado? É urgente a movimentação para que a gestação não seja mais compulsória e que o cuidado seja coletivo, sendo o maternar uma escolha.
Psicóloga Karina Gama
CRP: 05/69057